A Lua Negra da Transmutação
Livro: O Anuário da Grande Mãe
Autora: Mirella Faur
A fase lunar denominada Lua Negra acontece mensalmente, nos três dias que antecedem a Lua Nova. Durante esse período, o fino disco da Lua Minguante diminui até desaparecer na escuridão da noite. Tendo em vista que a luz da Lua é, na verdade, a luz solar refletida pelo disco lunar, poderíamos dizer que a Lua Negra "mostra" a verdadeira face oculta da Lua.
Durante essa fase de escuridão mensal, os povos antigos reverenciavam as Deusas Escuras, dedicando esse tempo a rituais divinatórios, de cura e transmutação. Com o advento das sociedades patriarcais, os mistérios da Lua Negra tornaram-se sinônimos de terror e malefícios. Incapacitados de ver ou compreender o "desaparecimento" da Lua, surgiram lendas e superstições sobre os demônios e forças malignas que "comiam" a Lua. Dessa maneira, a Lua Negra passou a representar o auge dos poderes destrutivos, vaticinando cataclismas naturais, como inundações, tempestades ou secas, ou cataclismas humanos, como guerras, doenças e fome. A Lua Negra era tida como aziaga para qualquer empreendimento, por ser considerada a Lua do momento em que os fantasmas e os espíritos malévolos perambulam sobre a Terra e as Bruxas executam seus rituais de magia negra. Atribuía-se à Lua Negra a conexão com o mundo subterrâneo por ser regida por divindades em forma de serpente ou com serpentes nos ca
Autora: Mirella Faur
A fase lunar denominada Lua Negra acontece mensalmente, nos três dias que antecedem a Lua Nova. Durante esse período, o fino disco da Lua Minguante diminui até desaparecer na escuridão da noite. Tendo em vista que a luz da Lua é, na verdade, a luz solar refletida pelo disco lunar, poderíamos dizer que a Lua Negra "mostra" a verdadeira face oculta da Lua.
Durante essa fase de escuridão mensal, os povos antigos reverenciavam as Deusas Escuras, dedicando esse tempo a rituais divinatórios, de cura e transmutação. Com o advento das sociedades patriarcais, os mistérios da Lua Negra tornaram-se sinônimos de terror e malefícios. Incapacitados de ver ou compreender o "desaparecimento" da Lua, surgiram lendas e superstições sobre os demônios e forças malignas que "comiam" a Lua. Dessa maneira, a Lua Negra passou a representar o auge dos poderes destrutivos, vaticinando cataclismas naturais, como inundações, tempestades ou secas, ou cataclismas humanos, como guerras, doenças e fome. A Lua Negra era tida como aziaga para qualquer empreendimento, por ser considerada a Lua do momento em que os fantasmas e os espíritos malévolos perambulam sobre a Terra e as Bruxas executam seus rituais de magia negra. Atribuía-se à Lua Negra a conexão com o mundo subterrâneo por ser regida por divindades em forma de serpente ou com serpentes nos ca
Na verdade, a Lua Negra facilita o acesso aos mundos e planos sutis e às profundezas de nossa psique. Por isso, atualmente é considerada uma fase favorável para trabalhos de tranformação e renovação. Somente mergulhando no nosso lado escuro, desvendando os mistérios e sombras de nosso inconsciente, poderemos achar os meios secretos para a nossa renovação. A Lua Negra tem o poder de criar e de destruir, de curar e de regenerar, e de descobrir e fluir com o ritmo das mudanças e dos ciclos naturais, dependendo da capacidade individual em reconhecer e integrar a sua sombra.
Ao entrar na fase da Lua Negra, podemos presenciar a transição entre a destruição do velho e a criação do novo. É, portanto, um período favorável para rituais de cura, renovação e regeneração. O processo de transformação destrói os padrões ultrapassados de condicionamento, comportamento e estruturação [no Tantrismo, as pessoas passam por um período de quebra de tabus. Os caras comem churrasco de vaca sagrada, cereais fritos, peixe, enchem a cara e vão pra cama com dálits. Isso, pra quebrar os condicionamentos da sociedade indiana.
Os objetivos dos rituais são variados e de acordo com as necessidades de cada um. Podemos citar a remoção de uma maldição, a correção de uma disfunção, o afastamento dos obstáculos ou das dificuldades na realização afetiva ou profissional, a limpeza de resíduos energéticos negativos de pessoas, objetos, ambientes, a preparação e imantação do espelho negro [um vidro de relógio, côncavo, do tamanho de um prato de sopa, pintado de preto na parte do avesso. Funciona melhor que tevê. Instruções para clarividência estão no tópico Além do Básico, na comunidade Tenho Orgulho de Ser Pagão], entrando em contato com os ancestrais ou com as Deusas Escuras como Hécate, Medusa, Kali, Ereshkigal [uma das minhas memórias de vida passada é bater um papo com Ereshkigal no alto de um zigurate. Naquele tempo, meu serviço era curar a aura das pessoas. Hoje, embora eu ainda cure, meu modo de servir é passar conhecimento.] Hel, Sekhmet, Sheelah Na Gig, Oyá e Cailleach. As palavras-chave para esses rituais são complementação, finalização, dissolução, introspecção, tradição, sabedoria, morte e transmutação.
Os elementos ritualísticos são as velas pretas para afastar a negatividade, as brancas para os novos inícios, e as vermelhas para a realização, correspondendo às três cores da Deusa e aos três estágios da condição feminina: jovem, idosa e adulta. Por ser a Anciã a Deusa regente dessa Lua, são oferecidos no altar, em vez de flores, um xale preto, galhos e folhagens secas, penas pretas, pêlo de cachorro preto ou de lobo, teia ou imagem de uma aranha, além de representações do poder transmutado da serpente.
Ao entrar na fase da Lua Negra, podemos presenciar a transição entre a destruição do velho e a criação do novo. É, portanto, um período favorável para rituais de cura, renovação e regeneração. O processo de transformação destrói os padrões ultrapassados de condicionamento, comportamento e estruturação [no Tantrismo, as pessoas passam por um período de quebra de tabus. Os caras comem churrasco de vaca sagrada, cereais fritos, peixe, enchem a cara e vão pra cama com dálits. Isso, pra quebrar os condicionamentos da sociedade indiana.
Os objetivos dos rituais são variados e de acordo com as necessidades de cada um. Podemos citar a remoção de uma maldição, a correção de uma disfunção, o afastamento dos obstáculos ou das dificuldades na realização afetiva ou profissional, a limpeza de resíduos energéticos negativos de pessoas, objetos, ambientes, a preparação e imantação do espelho negro [um vidro de relógio, côncavo, do tamanho de um prato de sopa, pintado de preto na parte do avesso. Funciona melhor que tevê. Instruções para clarividência estão no tópico Além do Básico, na comunidade Tenho Orgulho de Ser Pagão], entrando em contato com os ancestrais ou com as Deusas Escuras como Hécate, Medusa, Kali, Ereshkigal [uma das minhas memórias de vida passada é bater um papo com Ereshkigal no alto de um zigurate. Naquele tempo, meu serviço era curar a aura das pessoas. Hoje, embora eu ainda cure, meu modo de servir é passar conhecimento.] Hel, Sekhmet, Sheelah Na Gig, Oyá e Cailleach. As palavras-chave para esses rituais são complementação, finalização, dissolução, introspecção, tradição, sabedoria, morte e transmutação.
Os elementos ritualísticos são as velas pretas para afastar a negatividade, as brancas para os novos inícios, e as vermelhas para a realização, correspondendo às três cores da Deusa e aos três estágios da condição feminina: jovem, idosa e adulta. Por ser a Anciã a Deusa regente dessa Lua, são oferecidos no altar, em vez de flores, um xale preto, galhos e folhagens secas, penas pretas, pêlo de cachorro preto ou de lobo, teia ou imagem de uma aranha, além de representações do poder transmutado da serpente.
Os objetos mais importantes para o ritual da Lua Negra são o caldeirão_ para queimar e transmutar as energias negativas_ e o espelho negro ou bola de cristal, além de Tarot e Runas para orientação e auto-conhecimento.
A meditação ao som de um tambor ajuda a mergulhar no ventre escuro da Mãe Terra, trazendo mensagens e sugestões para a cura, a regeneração e a transformação.
A meditação ao som de um tambor ajuda a mergulhar no ventre escuro da Mãe Terra, trazendo mensagens e sugestões para a cura, a regeneração e a transformação.
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