quinta-feira, 30 de junho de 2011

Altar cigano

(Parte do meu atar cigano)
O altar serve como elo de ligação e comunicação entre o Cigano e seu médium.

Desde o momento em que existe a intenção de se oferecer um altar a um Cigano, ali se cria um elo espiritual onde quer que esteja o Cigano que é cultuado ali, sempre irá ouvir o chamado feito pelo médium diante do altar.

O mais importante em um altar para os Ciganos são os 4 elementos. Para representá-los, usamos um castiçal com uma (ou mais) velas, representando o fogo, mesmo que a vela esteja apagada.

As cores podem ser qualquer uma, exceto preto e marrom.

Essas cores só são usadas em certos tipos de rituais.

Não podemos esquecer que temos que ter a imagem de Santa Sara Kalli e de Nossa Senhora Aparecida,assim como a imagem de nossos ciganos espirituais.

Deveremos ter uma taça bonita com água.

A água é simbolismo do sentimento, por isso deve ser sempre a mais pura e limpa possível (água mineral sem gás).

Essa água na taça atua como um catalisador de más energias, e quando estiver turva, deve ser jogada em água corrente e trocada, sempre por água filtrada ou mineral.

Um incensário, onde um incenso deve ser aceso pelo menos uma vez por semana – representa o ar, mesmo sem incenso.

Incenso Floral para Ciganas (rosa, violeta, lírio, dama da noite, jasmim, etc.) e Incenso Herbal para Ciganos (Sândalo, canela, cravo, eucalipto, mirra, alecrim, benjoim, etc.).

Cristais, de vários tipos, cores, formas e tamanhos; caso não seja possível ter muitos, coloque algum(s) escolhido(s) por intuição.

O ideal é ter pelo menos uma pedra em estado bruto/ponta. As pedras podem ficar também num pote de vidro transparente sem tampa com água, pois a mesma potencializa a capacidade energética dos Cristais.

Os cristais fecham o ciclo, representando a terra.

Corpo – terra, Coração (emoção) – água, Mente – ar e Espírito – fogo.

Além desses elementos, que são básicos, qualquer outra coisa que seja sentida por intuição, pode ser colocada: baralho, leque, adornos, lenços, baú, etc.

As únicas exceção é o Punhal este só deve ser colocada um punhal já trabalhado, ou seja, que tenha passado pela magia de um Cigano, que pode ser o seu incorporado, ou o de outra pessoa (alguém que fez o trabalho no punhal para você – nesse caso, recomendo muitíssimo cuidado antes de aceitar).

Para o fortalecimento dos Ciganos (as), é muito bom colocar uma fruta no altar, pelo menos 1 vez por semana, na 2ª noite da lua cheia ou crescente Só não coloque frutas ácidas, tipo abacaxi ou laranja… Ciganos não gostam de sabores ácidos, pelo menos a maioria não, e se você não tiver a certeza, melhor não arriscar!
As frutas devem ficar até um pouco antes de apodrecer, e devem ser despachadas num jardim bonito.

Pode ser oferecida também uma taça com vinho, além da que tem água, pois o vinho é a bebida Universal dos Ciganos.
Após uma semana, ou quando a lua virar, despeja o vinho em água corrente.
Flores também são bem vindas no altar, sendo que se for um altar para Cigano, as flores devem ser cravo branco ou vermelho, girassol, lírio branco ou Rosa branca (rosas em números ímpares).
Essa regra vale apenas para caso de não se conhecer as preferências de cada Cigano.
As flores murchas ou secas devem ser colocadas em um jardim, onde não haja espinhos.
Não limpe seu altar na fase da lua minguante,pois isto atrapalharia suas boas vibrações como saúde e prosperidade.
aproxime-se do seu altar faça uma oração, mentalize a força que te acompanha.

Texto: Cigana Lumiar D´eor – Psicóloga, Cromoterapeuta, Reikiana, Numeróloga, Consultora e Professora de Baralho Cigano, Produtora de Eventos Ciganos e Radialista do programa “Magia Cigana e seus Encantamentos” no Rio de Janeiro.

POTE DE GRÃOS:
1 Pote pequeno
A mesma dos Grãos: Ervilha, Arroz com Casca, amendoim, Grão de Bico, Lentilha e trigo, (TODOS EM GRÃOS)

Coloque por cima três moedas atuais,com o valor virado para cima,e um quartzo citrino no meio delas. Deixe energizando por três dias, na lua crescente,e peça à lua que empreste sua força mágica, para que nada falte na sua casa. Coloque dentro de casa, num lugar alto.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Iniciação e transformação

Iniciação e transformação
FONTE: mario martinez

A nossa mente é separatista. Ela pensa em termos de divisão.  Isso torna a nossa vida fragmentada.  São pedaços que tentam, eu disse tentam, se tornar uma unidade, mas é impossível.  A vida é, por si mesma, uma unidade, mas a mente precisa dividi-la para poder entendê-la.  E por conseguinte,  tudo aquilo que a nossa mente afirma,  certamente é falso.  Como a parte, o fragmento, pode ser verdadeiro ?

A necessidade humana de se sentir total, de se sentir parte de alguma coisa, é frustrada pela própria mente que divide tudo.  E então o ser humano pensa que está separado de tudo,  que a divindade está lá,  num lugar inatingível,  longe de tudo.  O cristianismo foi uma das religiões que difundiu essa idéia:  “o homem é miserável porque se separou de Deus com o pecado original e agora tem que empreender um retorno”.  Mas como fazer isso,  se a humanidade não confia na vida, na existência ?   Quando nos sentimos um com a vida, todo o nosso medo ancestral  tende a desaparecer.  O medo da morte existe porque pensamos que estamos separados e então toda a luta se inicia.  Então começam as proteções,  você começa a se proteger e a lutar,  todo o conflito começa.  Mas aonde está o inimigo ?   Certamente que não está na existência, mas dentro de você.

A tendência natural é ver tudo e todos como inimigos.  Você é parte do todo, mas continua lutando contra ele.  Talvez seja por isso que a humanidade possui um sentimento de derrota incrustrado.  Até mesmo os grandes homens da história se sentiram derrotados, impotentes, mal-sucedidos.

Não sou sociólogo, sou religioso, só posso falar daquilo que conheço.  Posso dizer que uma pessoa religiosa está muito além da ansiedade, do medo, porque sabe que não existe um fim.  Entretanto, todo o segredo consiste na maneira como você encara os desafios.  Se perdermos nossa sensibilidade para os problemas e desafios,  fatalmente fracassaremos.  Pessoas insensíveis só conseguem resultados medíocres.  Uma coisa que eu sempre digo às pessoas que me procuram:  não procure por sensações; procure pela sua sensibilidade.

E isso são duas coisas muito diferentes.  Quando o interior cresce,  seu exterior também está crescendo.  É isso que a vida interior faz: nos torna capazes de sentir o sutil.  As pessoas precisam de mais sensibilidade,  mas lutam contra isso,  criam armaduras,  defesas,  e desse modo terminam morrendo antes de morrer.  Um dia me disseram uma coisa que eu nunca esqueci.  “Quando você tocar algo, torne-se o toque; quando olhar, torne-se os olhos; quando ouvir, deixe que toda a sua consciência venha aos ouvidos”.
Esse desejo de unidade com o todo é visceral. Porém a mente humana é separatista.  E então a mente cria armadilhas perigosas,  que terminam levando a pessoa para tão longe, mas tão longe, que ela termina perdida.  Agora mesmo existem grupos pseudo wiccans clamando:  “A Deusa está dentro de mim”,  e isso é motivo para se evitar qualquer busca verdadeira.  Se você acredita que encontrou algo,  para que continuar procurando ?  A Deusa já está dentro de você, então tudo acaba em samba.

Mas por que essa gente faz essa afirmação ?   Eles não sabem,  não sabem absolutamente.  Eles ouviram dizer isso.  Isso não é uma experiência real,  é uma armadilha.  Quando se conhece isso por experiência própria,  tanto o que está fora quanto o que está dentro é percebido como uma unidade, não estão separados, são dois aspectos da mesma energia.

Mas essa gente continua afirmando uma coisa sem ter experimentado, e eu acho isso totalmente contra producente.  Na verdade isso vem a ser outro truque da resistência dessas pessoas porque elas não querem ver a Deusa e o Deus do lado de fora.  Se elas admitirem que os Deuses também estão fora,  terão que admitir também a existência da figura de um mestre, de um sacerdote, de alguém para guiá-los.  E isso eles não querem.  São auto-suficientes.  É a Deusa quem inicia essa gente;  para quê existir Tradição,  para que aceitar que existem sacerdotes mais experientes que podem indicar o caminho ?  Se os Deuses estão fora,  sozinhos eles não serão capazes de encontrá-los.   

São esses paradigmas,  criados pela mente,  que terminam afastando as pessoas cada vez mais de uma verdadeira iniciação,  de uma verdadeira experiência religiosa.  Por isso eu sempre digo:  não tirem conclusões apressadas.  Nenhum sábio tira conclusões apressadas, porque todas as conclusões fazem a sua mente se fechar.  E então assistimos a pessoas auto-iniciadas,  que não receberam treinamento adequado,  fazendo afirmações idiotas.  Sou contundente ?  É esse o meu trabalho aqui.  Dizer a verdade.  Essas pessoas não conhecem,  não sabem o suficiente para fazer afirmações concludentes.  Uma conclusão só é válida se a pessoa experimentou tudo,  se conheceu tudo de maneira profunda.  O resto é balela.

Trata-se de um caso de resistência.  Na verdade todo mundo é resistente com relação aos Deuses.   Tudo é uma desculpa esfarrapada.  Querem saber por quê ?  Muito simples.  Porque se você quer conhecer os Deuses,  terá que desaparecer, terá que morrer para que os Deuses possam viver em você,  terá que se esvaziar da sua loucura,  de toda a insanidade que você considera como aquisição essencial na sua vida.  Isso é iniciação verdadeira,  essa morte,  essa transformação.  E então começam as desculpas, porque para se tornar religiosa a pessoa tem que renunciar a si mesma,  ao seu ego,  às suas neuroses, medos – esse é o único sacrifício.  Infelizmente todo mundo quer se tornar religioso sem renunciar.  Queremos permanecer nós mesmos,  mas nenhuma iniciação verdadeira o permitirá.  Então essas pessoas se auto-iniciam,  dizem que a Deusa está dentro delas sem terem vivenciado isso.

Quando é que essas pessoas aprenderão a lição ?   Quando deixarão de inventar desculpas ?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O preto

O PRETO




Negação das Cores.




Se o branco é a reunião de todas as cores, o preto é a ausência de toda cor. O preto é, propriamente dito, a sombra, a obscuridade, a noite.




Para René-Lucien Russeau, o preto é a negação da luz, tornando-se por isso o emblema de toda negação, do Nada.




É naturalmente o símbolo da morte, que é a negação da vida.




Na Antigüidade, touros pretos eram sacrificados a Netuno.




Na antiga Índia sacrificavam-se cavalos e touros negros ao Rio Indo.




A cor de Saturno, por vezes, era negra e o seu dia era sábado, o mesmo dia de Jeová para os hebreus. (Jeová é um Deus com características vulcânicas, em que a lava endurecida é escura).




Saturno, o deus do tempo edevorador dos próprios filhos traz uma foice na mão, como a morte.




O sábado (sabbat) também é o dia de alguns feiticeiros, que cultuam a natureza e suas profundezas.




Alguns cultos satânicos também utilizam o sábado e a cor negra.




O livro de Gênesis dos Persas (Boun-de-Mesch) diz que o primeiro casal humano, quando perdeu a graça divina, cobriram-se de hábitos negros, para marcar o luto.




Provavelmente daí surgiu tal costume, para marcar a perda de um ente querido.




Entretanto, não podemos nos esquecer de que alguns monges e monjas se vestem de negro para trazer à morte os prazeres terrenos (buscando o grau espiritual).




A Terra, enquanto império dos lugares ocultos subtraídos à luz, das grutas, dos poços, dos cursos d'água antes de irromperem à luz do dia, é simbolizada pelo Negro.




O Céu é branco e a Terra é negra e é do abraço de ambos que nascem todos os seres.




Para muitas culturas o negro é a sombra, o nosso duplo; a obscuridade, a noite. É o aspecto mais profundo, o subterrâneo, as grutas, o fundo do mar e o espaço infinito, da noite.




A noite é uma nova vida.




Todo fim é também um recomeço infinito, matéria ou não