sexta-feira, 4 de março de 2011

A encarga da deusa e do Deus de chifres



Também chamado de “O chamado da deusa”, “Os encargos da Deusa”, “O papel da Deusa” e “Exortação da Deusa”, foi escrito originalmente por Gerald Gardner em 1949, inspirado nos textos de Charles G. Leland em seu livro “Aradia”. Anos mais tarde, Doreen Valiente, iniciada por Gardner, reescreveu a versão que ficou mundialmente famosa.
Você encontrará em livros e sites diversas variações do texto abaixo:

A encarga da Deusa
Ouçam as palavras da Grande Mãe, que, em tempos idos, era chamada de Ártemis, Astartéia, Dione, Melusiana, Afrodite, Ceridwen, Diana, Arionrhod, Brígida e por muitos outros nomes:
Quando necessitar de alguma coisa, uma vez no mês, e é melhor que seja quando a lua estiver cheia, deverá reunir-se em algum local secreto e adorar o meu espírito que é a rainha de todos os sábios. Você estará livre da escravidão e, como um sinal de sua liberdade, apresentar-se-á nu em seus ritos. Cante, festeje, dance, faça música e amor, todos em minha presença, pois meu é o êxtase do espírito e minha também é a alegria sobre a terra. Pois minha lei é a do amor para todos os seres. Meu é o segredo que abre a porta da juventude e minha é a taça do vinho da vida, que é o caldeirão de Ceridwen. que é o gral sagrado da imortalidade. Eu concedo a sabedoria do espírito eterno e, além da morte, dou a paz e a liberdade e o reencontro com aqueles que se foram antes. Nem tampouco exijo algum tipo de sacrifício, pois saiba, eu sou a mãe de todas as coisa e meu amor é derramado sobre a terra.
Atente para as palavras da Deusa estelar, o pó de cujos pés abrigam-se o sol, a lua, as estrelas, os anjos, e cujo corpo envolve o universo:
Eu que sou a beleza da terra verde e da lua branca entre as estrela e os mistérios da água, invoco seu espírito para que desperte e venha até a mim. Pois eu sou o espírito da natureza que dá vida ao universo. De mim todas as coisa vêm e pra mim todas devem retornar. Que a adoração a mim esteja no coração que rejubila, pois, saiba, todos os atos de amor e prazer são meus rituais. Que haja beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, júbilo e reverência, dentro de você. E você que busca conhecer-me, saiba que sua procura e ânsia serão em vão, a menos que você conheça os mistérios: pois se aquilo que busca não se encontrar dentro de você, nunca o achará fora de si. Saiba, pois, eu estou com você desde o início dos tempos, e eu sou aquela que é alcançada ao fim do desejo.

 A encargo do Deus
Ouça as palavras do Velho Cornífero que é sempre jovem…
Eu sou aquele que abre as portas da vida e da morte, os portais da aurora e os portais da noite.
Eu sou Kernunnos e Silvanus e Pan e a música da minha flauta está no ar, nas verdes florestas e nas colinas de verão.
Minha voz está no vento da meia-noite e embaixo das estrelas ela pronuncia as palavras de magia em línguas ancestrais, esquecidas ou desconhecidas.
Eu inspiro o pânico, o medo e o desejo passional. E apesar de eu mostrar a face de um crânio, não haveria a manifestação da vida sem mim, pois sem morte não pode haver renascimento.
A vida deve sempre subir em espirais, não pode parar. Nós não podemos conhecer a luz sem as sombras, nem as sombras sem a vida.
Portanto, não me tema, sob nenhum aspecto que você me veja: a força e poder da masculinidade ou aquele que traz paz na morte.
Eu sou Lúcifer, o que traz a luz, e Amoun, o Escondido, que usava os chifres espirais do carneiro na antiga Khem. Eu sou o Deus de pés de bode dos bosques iluminados pelo som da Tessália, a presença que era sentida na escuridão das cavernas sagradas e na pedra fixa sobre a urze.
Eu sou o poder arrebatador da Vida e aquele que traz a luz: mas sem Amor eu não posso criar nada que perdure. Então eu preciso da Deusa, assim como ela precisa de mim, e no Grande Casamento Sagrado, o Êxtase Cósmico, nós somos um.
Então, cultue a minha selvageria, conheça-me e regozije-se comigo, irmãos e irmãs da Arte Mágica, bruxas e bruxos, pagãos e bárbaros. Pois eu trago o poder e a liberação, liberdade de espírito que é verdadeira e eterna, que ninguém pode negar a você eternamente.
  
A encango do deus de chifres
Sou o fogo dentro do seu coração…
O desejo de sua Alma.
Sou o Caçador do Conhecimento e o Investigador da Indagação Sagrada
Eu, que estou na escuridão da luz, .
Sou Ela que você chama de Morte.
Eu, o Consorte e Companheiro Dela que nós adoramos,
Chamo-te diante de mim.
Atenda ao meu chamado amado,
Venha até mim e aprenda os segredos da morte e da paz.
Sou o milho na colheita e a fruta nas árvores.
Sou Ele que o conduz à casa.
Açoite e chama,
Lâmina e Sangue
São meus e presenteio-te.
Chame por mim na floresta selvagem e nos topos das montanhas e busque-me na Escuridão Luminosa.
Eu, que tenho sido chamado de
Pan,
Herne,
Osíris
e Hades,
Falo para ti e procuro por ti
Venha, dance e cante;
Venha vivo e sorria para observar.
Esta é minha adoração.
Vocês são minhas crianças e eu sou seu Pai.
Em asas de noite rápidas sou eu que os ponho no colo da Mãe.
Para renascere retornar novamente.
Você, que pensa me busca1; saiba que sou o vento indomado, a fúria
da tempestade e a paixão em sua Alma.
Busque-me com orgulho e humildade, mas busque-me melhor com
carinho e força, pois este é o meu caminho e não amo o fraco e o temeroso.
Ouça meu chamado em longas noites de inverno
E juntos guardaremos a Terra Dela enquanto Ela dorme.

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