Masculino e Homens
Hoje em dia, na wicca, muitos de nós encaramos o masculino sobre uma ótica feminina,mas proponho neste texto somente a ótica masculina. Muitos de nós buscamos curar nosso interno infligidor do feminino ou ferido do patriarcado. Sinto falta do masculino, o masculino que não tenta substituir e ferir o feminino; ou deixar ser ferido por ele. O masculino em sua essência. O nosso caçador; mas ele caça o quê? Caça ser reconhecido,se tornando imponente e opressor? Ou caça a cura de nossa sociedade,se redimindo e criando uma forma de agir em busca do perdão,tentando tornar-se o que não é? Ou caça ser o verdadeiro masculino?...
Mas o que é ser o verdadeiro masculino? Desculpa mulheres magníficas e poderosas (julgo todas) que lerem este texto, mas os homens é que poderão buscar isso, e então por eles vocês entenderão essas questões sobre sua ótica. O verdadeiro masculino está no homem exercer sua natureza. Somos os de órgão sexual e corpo firmes; somos a força e a fraqueza combinada. Morremos a cada orgasmo e nos entregamos ao máximo nisso. Somos aqueles que competem consigo mesmo e buscam ser resistentes de nossas maneiras, não para dar ou receber prazer de alguem; mas sim para nos presentear com nosso foco e intensidade que apenas nós conhecemos.Isso sim nos dá prazer. Porque é o Deus que morre e não a Deusa? Uma mulher sobrevive ao orgasmo extremo, ao sangramento, mas o homem não. Nossa a Deusa sobrevive até ao inverno! Não porque somos impotentes, mas intensos. Vejo os homens de hoje tão intensos no que buscam que se esquecem do feminino, cegando-se. Não por que são orgulhosos ou superficiais, mas sim por serem focados no que buscam nessa sociedade e na orientação que levam desde crianças. Nosso trabalho não é resgatar o feminino, e sim nossa essência masculina. Creio que assim se dará espaço ao feminino de agir, se curar e nos mudar.
Precisamos do feminino por milênios para gerar e nutrir as futuras gerações; para nos dar um chão para pisar. Caçamos,nos sacrificamos,colhemos e somos colhidos por amor,que novamente tão intenso que criamos pelos nossos elos (não digo que o feminino não, mas meu foco é a ótica masculina). O homem se entrega de corpo e alma pelo que ama. E o que temos amado? Amamos somente nosso pênis ou a nós por inteiro? Amamos a nossa liberdade ou confinamento pela preservação do poder? Nossa sociedade vem gerando homens impotentes, que pensam somente em si; e raras as vezes demais nos outros; que é apenas uma forma de pensar em si mesmo ,ganhando satisfação por isso. Homens que são criados pelos espelhos, e quais são seus espelhos?... Seu pai? Seu ator favorito? Seu super-herói? Ser o oposto de quem o feriu?Ser diferente disso ou aquilo? Ou descobrir que voce é?
Somos da geração de homens tão feridos que esquecem sua essência. Estamos nos tornando tão inseguros,que não confiamos nem em nós mesmos.Isso é medo de perder. Mas ser homem é saber perder. Perder a vida; pois a cada orgasmo perdemos energia, a cada caçada perdemos o medo, a cada reinado perdemos a vida. Penso que o homem é tão intenso que com o pouco liquido liberado desencadeia na mulher uma vida, um ser. E perder esse líquido não é ruim, pois entregamos por natureza e somos felizes ao fazer.
O quanto de vida nós empenhamos no que fazemos? Lembro quando caçávamos e nossos maiores monstros eram inventados por nós, apenas para fazer nossos filhos ser mais corajosos em suas batalhas(leia mistérios do caçador). Lembro quando nos atirávamos na fogueira para fazer nossa tribo ter os melhores caçadores ou reis. Lembro quando guardávamos tesouros de uma forma que somente nossa descendência (que de fato eram nós dançando de samhain até yule) pudesse descobrir. Hoje nossos tesouros são nossos relacionamentos que tentamos manter sobre nossa área protegida. Sobre nossa visão e cuidado. Devido às feridas variadas e extensas que temos, guardamos no desespero. Violentamos,abusamos,exaltamos e adoramos o que amamos. Acabamos perdendo nosso valor,controle e buscamos satisfazer frustrações ou faltas formadas por nossas feridas. Onde está nossa confiança em deixar o que amamos viver por si só enquanto caçamos? Onde está nosso amor próprio enquanto ferimos o que amamos na tentativa de mantê-lo?
Sinto falta de quando éramos homens que nos uniam sobre uma bandeira,não por que era moda ou machismo,mas sim para ser intensos e usar nossa chama para defender nossos reis. Reis que são nossos filhos, irmãos, mães, pais e todos que amamos. Morremos nos jogando na fogueira e ejaculando perante ela para manter a vida. Vida que celebramos ver a mulher cuidando e gerando. Elas geram o que nós protegemos e amamos. Não há inferior e nem superior. Somos apenas a face da Deusa que olha no espelho e vê que se protege, protegendo e desejando a quem ama. Somos o sacrifício que mantém nossa volta para esse plano. Somos a vida que se doa para que os portões para os que vêm e para os que vão se abram. Isso para mim é o masculino. Blessed Be.
Gwyn Mac Aine.
Hoje em dia, na wicca, muitos de nós encaramos o masculino sobre uma ótica feminina,mas proponho neste texto somente a ótica masculina. Muitos de nós buscamos curar nosso interno infligidor do feminino ou ferido do patriarcado. Sinto falta do masculino, o masculino que não tenta substituir e ferir o feminino; ou deixar ser ferido por ele. O masculino em sua essência. O nosso caçador; mas ele caça o quê? Caça ser reconhecido,se tornando imponente e opressor? Ou caça a cura de nossa sociedade,se redimindo e criando uma forma de agir em busca do perdão,tentando tornar-se o que não é? Ou caça ser o verdadeiro masculino?...
Mas o que é ser o verdadeiro masculino? Desculpa mulheres magníficas e poderosas (julgo todas) que lerem este texto, mas os homens é que poderão buscar isso, e então por eles vocês entenderão essas questões sobre sua ótica. O verdadeiro masculino está no homem exercer sua natureza. Somos os de órgão sexual e corpo firmes; somos a força e a fraqueza combinada. Morremos a cada orgasmo e nos entregamos ao máximo nisso. Somos aqueles que competem consigo mesmo e buscam ser resistentes de nossas maneiras, não para dar ou receber prazer de alguem; mas sim para nos presentear com nosso foco e intensidade que apenas nós conhecemos.Isso sim nos dá prazer. Porque é o Deus que morre e não a Deusa? Uma mulher sobrevive ao orgasmo extremo, ao sangramento, mas o homem não. Nossa a Deusa sobrevive até ao inverno! Não porque somos impotentes, mas intensos. Vejo os homens de hoje tão intensos no que buscam que se esquecem do feminino, cegando-se. Não por que são orgulhosos ou superficiais, mas sim por serem focados no que buscam nessa sociedade e na orientação que levam desde crianças. Nosso trabalho não é resgatar o feminino, e sim nossa essência masculina. Creio que assim se dará espaço ao feminino de agir, se curar e nos mudar.
Precisamos do feminino por milênios para gerar e nutrir as futuras gerações; para nos dar um chão para pisar. Caçamos,nos sacrificamos,colhemos e somos colhidos por amor,que novamente tão intenso que criamos pelos nossos elos (não digo que o feminino não, mas meu foco é a ótica masculina). O homem se entrega de corpo e alma pelo que ama. E o que temos amado? Amamos somente nosso pênis ou a nós por inteiro? Amamos a nossa liberdade ou confinamento pela preservação do poder? Nossa sociedade vem gerando homens impotentes, que pensam somente em si; e raras as vezes demais nos outros; que é apenas uma forma de pensar em si mesmo ,ganhando satisfação por isso. Homens que são criados pelos espelhos, e quais são seus espelhos?... Seu pai? Seu ator favorito? Seu super-herói? Ser o oposto de quem o feriu?Ser diferente disso ou aquilo? Ou descobrir que voce é?
Somos da geração de homens tão feridos que esquecem sua essência. Estamos nos tornando tão inseguros,que não confiamos nem em nós mesmos.Isso é medo de perder. Mas ser homem é saber perder. Perder a vida; pois a cada orgasmo perdemos energia, a cada caçada perdemos o medo, a cada reinado perdemos a vida. Penso que o homem é tão intenso que com o pouco liquido liberado desencadeia na mulher uma vida, um ser. E perder esse líquido não é ruim, pois entregamos por natureza e somos felizes ao fazer.
O quanto de vida nós empenhamos no que fazemos? Lembro quando caçávamos e nossos maiores monstros eram inventados por nós, apenas para fazer nossos filhos ser mais corajosos em suas batalhas(leia mistérios do caçador). Lembro quando nos atirávamos na fogueira para fazer nossa tribo ter os melhores caçadores ou reis. Lembro quando guardávamos tesouros de uma forma que somente nossa descendência (que de fato eram nós dançando de samhain até yule) pudesse descobrir. Hoje nossos tesouros são nossos relacionamentos que tentamos manter sobre nossa área protegida. Sobre nossa visão e cuidado. Devido às feridas variadas e extensas que temos, guardamos no desespero. Violentamos,abusamos,exaltamos e adoramos o que amamos. Acabamos perdendo nosso valor,controle e buscamos satisfazer frustrações ou faltas formadas por nossas feridas. Onde está nossa confiança em deixar o que amamos viver por si só enquanto caçamos? Onde está nosso amor próprio enquanto ferimos o que amamos na tentativa de mantê-lo?
Sinto falta de quando éramos homens que nos uniam sobre uma bandeira,não por que era moda ou machismo,mas sim para ser intensos e usar nossa chama para defender nossos reis. Reis que são nossos filhos, irmãos, mães, pais e todos que amamos. Morremos nos jogando na fogueira e ejaculando perante ela para manter a vida. Vida que celebramos ver a mulher cuidando e gerando. Elas geram o que nós protegemos e amamos. Não há inferior e nem superior. Somos apenas a face da Deusa que olha no espelho e vê que se protege, protegendo e desejando a quem ama. Somos o sacrifício que mantém nossa volta para esse plano. Somos a vida que se doa para que os portões para os que vêm e para os que vão se abram. Isso para mim é o masculino. Blessed Be.
Gwyn Mac Aine.
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