sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Como nascem os Deuses
Eu vi em um livro um texto da pesquisadora e terapeuta Mirella Faur sobre o nascimento dos Deuses e quero compartilha-lo com vocês:
''O panteão das tradições antigas resultou na interação dos dois princípios cósmicos universais: o masculinho, representado pelo Pai Céu, e o feminino, personificado pela Mãe Terra. O casamento sagrado desses dois polos gerou formas energéticas secundárias, polarizadas pela influência das forcas telúricas, cósmicas, planetárias e dos fenômenos da Natureza. Quando modeladas pela egrégora mental de um conjunto racial, tribal ou grupal, essas energias se manifestam como arquétipicos divinos, imbuídos de características e atributos específicos e com apresentações e nomes que variam conforme o lugar de origem.
A existência e a sobrevivência dos arquétipicos de determinado panteão dependem da intensidade com que são cultuados e da duracao desse culto. Sem essa conexão e nutrição recíproca, as matrizes etéreas enfraquecem-se e acabam desaparecendo com o passar do tempo.
Apesar de as divindades dependerem da egrégora humana, elas não são mero fruto de nossa imaginacao: são expressões reais de poderosos campos energéticos e vórtices de energia cósmica. Elas existem em uma realidade diferente do mundo tridimensional, chamada pelos xamãs de ''nagual'' ou ''realidade incomum'' (ou extrafísica), e tem o poder de existir e agir independentemente da vontade humana.
Esses centros de energia cósmica, sutis e inteligentes, denominados divindades (sejam elas Deuses, vibrações originais, Devas ou Orixás), supervisionam o livre-árbitrio coletivo e auxiliam nas decisões tomadas pelos individuos, dentro dos limites, valores e regras do ambiente ao qual pertencem. Isso significa que elas nao interferem no livre-árbitrio, nem agem contra os interesses do agrupamento humano que as ''criou'' e que continua ''alimentando-as'' por meio de invocacoes, oferendas, cultos e rituais.
6 out (16 horas atrás)
ϟ Tiago
Existem uma necessidade de intercâmbio energetico permanente entre a origem e o resultado da criação, entre o criador e a criatura.
Uma divindade deixará de existir apenas quando não tiver mais nenhum ser humanexpo que invoque sua presença ou acredite em sua existência. Quando isso ocorrer, o campo energético por ela representado não se extingue no espaço, mas se desloca ou volta á dua origem, podendo servir como substrato para a criação de um novo arquétipico, em lugar ou tempo diferente.
Os Deuses e as Deusas não são arquétipicos estáticos, eles envoluem e se modificam de acordo com o progresso cultural e tecnológico e a trajetoria espiritual humana. As mudanças na percepção e interpretação de suas manifestações e a compreenção expandida de seus atributos e funções levam á readaptação dos mitos e a sua adaptação ás novas necessidades mentais, psicólogicas e socias da comunidade á qual pertencem. São as projeções e as formas mentais humanas que determinam a ''metamorfose'' das divindades, que acompanham, de maneira simbíotica, o desenvolvimento de seu povo e o surgimento de novos valores e hábitos comportamentais, morais e sociais. Compreende-se, assim, o porquê das diferenças nos mitos de um mesmo Deus ou deusa e os variados nomes a eles atribuidos''.
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